segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Volta

Ontem no silencio da noite escura ela deixou a imaginação partir a sua procura. Seus olhos que vazios choravam contrariavam os seus sonhos e avisavam que ali não te enxergavam. Seu coração apertado se sentindo ferido, ensanguentado, magoado, esperava sufocado pelos carinhos, pelo seu beijo, pelo seu abraço. Não conseguia ela encostar seu corpo exausto e em pedaços na sua cama vazia preenchida por detalhes tão delicados que marcavam seus lençóis pelos limites ultrapassados que deixavam de desejo eternos e doces rastros. Não acreditando mais na possibilidade do encontro ser reeditado, ela ainda assim pedia a sua volta em um momento surpreendente e inesperado. Esperava sua chegada pela porta aberta de uma mulher que não era capaz de entender como dois seres que muito se amavam conseguiam sofrendo viver separados.


Para Teresa.

4 comentários:

  1. Lindo texto!
    Realmente, às vezes o amor não é sufuciente para duas pessoas ficarem juntas...

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  2. é o tender para outro alguém, o movimento do coração que busca o que já conhece, ama e necessita. É a dinâmica imperiosa da volta.

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  3. Querida Monica,

    Sempre uma delícia passar por aqui e ler seus escritos! Quando você fica um dia sem postar, já sinto falta! =)

    O amor, às vezes, se mantém vivo pela própria distância entre os corações! Triste, porém mais real do que imaginamos...

    Beijos pra você!

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  4. Monica, mais um lindo poema de frases marcantes
    O amor muitas vezes é alimentado só pela distância.
    A separação de corpos ocorre, mas o amor continua vivo.
    Beijo
    Odila

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