Silencio
Meus versos dormem
Pois estão cansados
Das dores do mundo
Que sinto na carne
Quando os escrevo
Descansam serenos
Dentro do meu peito
Para acordarem refeitos
Para encontrarem a paz
No momento incerto
Quando só percebo
Que está na hora
De se ir embora
De voltar a vida
Sigo com cuidado
Mão a mão, olho a olho, passo a passo
Com um certo medo
De não conseguir acordá-los
A acarinhá-los
Lentamente
amorosamente
Abro meu peito meio sem jeito
Em um único ato
Para que eu possa livremente
Através dos meus movimentos
Quase inconscientes
Despertá-los
Lá vão eles
Entre os meus dedos
Novamente
Me fazer vivê-los
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