sábado, 13 de novembro de 2010

A mesa de escrita

olhava para ela e pensava na vida.
Ficava horas perdida
em imagens pelos olhos não recebidas.
Sonhadas, mágicas, despidas
da realidade mais ácida da vida.

Não se cansava de ficar ali parada
imaginando encantada
a anatomia poética das palavras
por ela escolhidas
para desenhar com calma
a poesia ainda não germinada
as historias não redigidas

Ficava ali sossegada
aparentemente esquecida
abraçada a sua mesa de escrita
confortada e protegida
até a hora de ser surpreendida
pela assustadora visão
do seu coração
no papel


7 comentários:

  1. Essa é fácil de comentar! Poesia em estado puro! Que beleza,Monica!

    ResponderExcluir
  2. Menina poeta em conexão direta com a poesia em todas as suas nuances...quanto mais leio, mais me encanto!!

    ResponderExcluir
  3. Que delicadeza de expressão da poesia pura. Como sempre, lindo!

    ResponderExcluir
  4. bem gotoso acordar e poder te ler, acho que já te disse isso antes...
    belas palavras.

    ResponderExcluir
  5. Realmente encantadora! Poesia pura! A cada dia me encanto mais com o seu dom e sua maestria com as palavras. Versos que tocam a alma!
    Parabéns Mônica!! Amei!
    Beijos!

    ResponderExcluir
  6. Eu sou suspeito de comentar o que vc escreve!
    A essência poética, nada é tão linda quanto ela.

    Abrigado

    ResponderExcluir
  7. Que coisa mais linda, Monica!

    Você se supera sempre... fico sem palavras pra comentar!

    Belo encontro!!

    Beijos, com carinho...

    ResponderExcluir