Salivo letras ácidas em folhas brancas tatuadas pela escuridão transparente do vazio nos olhos da minha alma. Meu silêncio é fonte incessante da minha busca pela expressão definitiva e inconstante daquilo que vive como matéria disforme e provocante em meu peito poético de veias cortantes e nua carne entre versos milimetricamente viciantes. Descubro escrevendo o que me completa e falta através do exercício proibido e delirante da inexistência impura, vadia e apaixonante da palavra. Simultaneamente me condeno ao chão sujo e me absolvo em nuvem purificada. Transito com intimidade entre inferno e paraíso com a mesma turva clareza que diariamente me ressuscita enquanto me mata. Sou poeta e mais nada. Minha substância interna, exposta, humana e sangrenta é agridocemente inexplorada. Pelo texto me submeto ao interminável desafio de alcançar a obra finalizada. Meu ponto de partida é sempre a minha chegada. Minha arte é literariamente inacabada. Continuo...
Continue sempre, para nosso deleite.
ResponderExcluirBelo texto e belo espaço tens aqui. Por aqui retornarei, com certeza.
Abraços.
Nunca deixe a pena descansar.
ResponderExcluirBem novinha,né? rs
Transforme as palavras em suas escravas e as folhas em suas cobaias. Mantenha as duas sempre juntas e deixe vir à tona cada experiência rimada.
Bom final de semana!
Abraços da @sara_escritora
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMonica, fico sempre impressionada com seu talento , cheio de criatividade e imaginação, seu jogo de palavras chega a desconcertar quem lê.
ResponderExcluirforte abraço.